quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Correio MFC 306



A união de um homem e uma mulher, fundada no amor, num projeto de vida a dois que inclui a constituição de uma família, firme desejo de estabilidade, respeito às individualidades, compromisso recíproco de empenho na plena realização pessoal do outro, é um relacionamento humanizador por excelência.

Os sacramentos divinos (III)
Helio Amorim
Os sacramentos divinos – Final

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O potencial humanizador da união conjugal
Para os cristãos, numa perspectiva de fé, uma união assim assumida, se apresenta como um símbolo da relação amorosa e humanizadora de Deus com o seu Povo.
Se os que assim se unem, assumem a sua união com plena consciência de sua dimensão simbólica, e tomam o amor de Deus como inspiração e modelo para a vivência e crescimento do amor conjugal, este símbolo é proclamado como sinal ou sacramento do amor de Deus.
Dizemos que o sacramento, naquela visão de fé, é um sinal sensível (que se percebe pelos sentidos, é visível nos seus gestos e manifestações) e eficaz (reproduz e alimenta o seu conteúdo simbólico). Ou seja, o casal que assim se ama, nos faz recordar o amor de Deus e, ao mesmo tempo, faz crescer o amor daqueles que o assumiram nessa perspectiva sacramental.
O sacramento do matrimônio é um sacramento divino, por sua referência a Deus. Como nos demais sacramentos, há uma matéria prima indispensável: o amor entre um homem e uma mulher que, numa perspectiva de fé, tomam o amor de Deus por nós como modelo para o seu amor. Os que assim se unem conheceram como o Deus da Bíblia nos ama: amor gratuito e fiel, amor-doação-serviço comprometido com a nossa humanização, que respeita a nossa originalidade, e aceita nossas limitações. Amor que não domina, antes nos liberta, que não manipula e sufoca, antes nos promove e ajuda a caminhar, um amor capaz de levar a dar a vida por nós (o que não é simples hipótese romântica mas morte real e de cruz).
Então percebem que a sua união, fundada no amor, é um sinal ou reflexo ainda que pouco luminoso do amor de Deus. Estão dispostos a viver esse amor numa profunda relação interpessoal, dialogal, de revelação mútua, comprometidos com a realização das potencialidades do outro, que se expresse em atos concretos e gestos simbólicos. Nunca fechado em si mesmo, mas aberto ao mundo e comprometido com a justiça e a humanização da história humana, nela intervindo, como Deus sempre o fez, em favor nos mais fracos. Estão prontos, então, a proclamar que a sua união é um sacramento divino. Para isso, convidarão a comunidade cristã, seus parentes e amigos, aos quais anunciarão a sua união e pedirão apoio para vivê-la nessa dimensão sacramental. Esse é o sentido da celebração religiosa do casamento que inaugura uma nova família cristã. A comunidade presente, consciente do que está sendo celebrado, responderá ao pedido do casal, comprometendo-se a ajudá-lo na concretização da sua disposição de se amarem sempre como Deus nos ama.
O sacerdote que, em nome da comunidade preside a celebração, reconhece e proclama, então, que essa união é um sacramento divino, cujos ministros são, na verdade, os que se casam. Porque, de fato, somente eles são capazes de dar à sua união essa dimensão sacramental. Este ritual tão emocionante e a vivência do casal serão os sinais sensíveisdesse sacramento. A Graça que tornará essesinal eficaz será derramada por Deus sobre o casal e sobre todos aqueles que assumiram o compromisso de ajudá-lo a viver a sua união como sacramento.
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Temos que reconhecer que muitos, talvez a maioria dos casamentos que se celebram nas igrejas, não são sacramento, não obstante a bela coreografia montada, com música, flores e tapetes. Não passam de um ato social, enraizado na nossa cultura, mas nada tendo a ver com a fé, sem referência consciente ao amor Deus tomado como modelo de uma união humanizadora, com os compromissos dele decorrentes.
Por outro lado, há graus de sacramentalidade matrimonial. Se a dimensão sacramental decorre da qualidade e profundidade do amor que une o casal, quanto mais se amam, mais se assemelhará o seu amor ao amor de Deus, portanto, mais nítida e real será a sua sacramentalidade. Na vivência do casal, ao longo de sua vida conjugal, haverá tempos de maior e tempos ou momentos de menor densidade sacramental.
Essa concepção representa um desafio evidente. Quer dizer que o sacramento não é um selo de garantia ou marca indelével e definitiva gravada numa linda celebração. Aquele não foi um ato mágico, que transformou em sacramento o que antes não era. Na verdade, a sacramentalidade nasceu no momento em que os dois reconheceram a semelhança do seu amor com o amor de Deus e o assumiram como tal. A celebração foi o anúncio e o pacto estabelecido com a comunidade cristã. Tampouco ficou definido, naquele momento, o grau de sacramentalidade da sua união. Talvez fosse apenas incipiente e ainda débil essa dimensão sacramental, diante do imenso potencial de crescimento e amadurecimento do amor dos dois.
Esse é o desafio: a sacramentalidade da união conjugal é chamada a crescer, consolidar e aprofundar-se. Ou seja, o amor que os uniu terá que ser cultivado cuidadosamente, no dia-a-dia da vida conjugal e familiar para que cada vez mais se pareça com o amor de Deus.
Assim, todos os gestos e ações que contribuem para o crescimento do amor, acrescentarão mais densidade sacramental à união conjugal. O carinho e gestos de ternura, o relacionamento sexual como expressão e celebração festiva do amor, a ajuda mútua, o reconhecimento das qualidades do outro, o incentivo à sua realização pessoal, o respeito à individualidade - tudo contribuirá para o crescimento do amor e, portanto, para a crescente densidade sacramental da união conjugal. Mas vice-versa: a falta desses alimentos pode esvaziar o amor e a sacramentalidade no princípio assumida.
Podemos concluir que o potencial humanizador da união do homem e da mulher está diretamente relacionado com a sua sacramentalidade, se esta tem sua densidade definida pela profundidade do amor humanizador que os une.
Isto vale para os cristãos e os não-cristãos. Estes, se vivenciam a sua união fundada num amor humanizador semelhante ao amor de Deus, não saberão, por estar ausente a fé, que nela há uma dimensão de sacramentalidade, não expressa e proclamada. Essa dimensão é percebida pelos que os conhecem e os veem com os olhos da fé. Em qualquer tempo poderão descobri-la e anunciar com alegria a sacramentalidade só então percebida. E reconhecer que ela é muito anterior à descoberta tardia.
“Descomplicando a fé” – Editora Paulus


O machismo na história do Povo de Deus
           
Lemos no Eclesiástico, em sua tradução mais branda:
"É melhor a maldade do homem do que a bondade da mulher: a mulher cobre de vergonha e chega a expor ao insulto". (Eclo. 42, 14)
São Paulo não escapa aos condicionamentos culturais do seu tempo:           
"As mulheres se calem nas assembleias porque não lhes compete falar, mas viver sujeitas, como diz a Lei. Se quiserem aprender alguma coisa, que perguntem em casa a seus maridos, porque não é conveniente a mulher falar na assembleia" (1 Cor 14, 34-35).
"A mulher ouça a instrução em silêncio, com espírito de submissão. Não permito que a mulher ensine nem se arrogue autoridade sobre o marido, mas permaneça em silêncio, pois o primeiro a ser criado foi Adão, depois Eva. E não foi Adão que se deixou iludir, mas sim a mulher que, enganada, incorreu em transgressão; mas ela poderá salvar-se, cumprindo os deveres de mãe, contanto que permaneça com modéstia na fé, na caridade e na santidade" (1 Tm 2, 11-15).
Santo Tomás de Aquino, o santo teólogo, fortemente influenciado por Aristóteles, reforçava essa discriminação:
"A mulher foi criada mais imperfeita que o homem, porque, naturalmente, no homem há mais discernimento e razão".
"A mulher é um ser acidental e falho. Por natureza, a mulher é inferior ao homem, em força e dignidade, e por natureza lhe está sujeita, pois no homem, o que domina, pela sua própria natureza, é a facilidade de discernir, a inteligência".
Algumas grotescas e divertidas:
"A beleza física não vai além da pele. Se os homens vissem o que está sob a pele, a visão das mulheres lhes viraria o estômago. Quando nem sequer podemos tocar com a ponta do dedo um cuspe ou esterco, como podemos desejar abraçar esse saco de excremento?" (Odon, abade de Cluny, sec. X).
"Dentre todas as armadilhas que nosso inimigo ardiloso armou através de todas as colinas e planícies do mundo, a pior e aquela que quase ninguém pode evitar é a mulher, funesta cepa de desgraça, muda de todos os vícios, que engendrou no mundo inteiro os mais numerosos escândalos". (Marborde, bispo de Rennes e depois monge em Angers).
Essa breve coletânea serve para confirmar que o preconceito existe, é antigo e bastante arraigado na reflexão da Igreja. Impede até hoje que sequer se cogite, por exemplo, a ordenação de mulheres e sua inserção no governo da Igreja...

MFC realiza Festa Família na Folia neste sábado





Neste sábado, 02 de fevereiro, o Movimento Familiar Cristão (MFC) de Vitória da Conquista vai realizar a Festa Família na Folia, onde dará posse aos novos coordenadores de grupos. O evento acontece no Country Clube Primavera, a partir das 22 horas e contará com a atração George Musical Show. Para as famílias que quiserem comprar a mesa, o valor é de R$ 70,00, e os ingressos individuais, de R$ 15,00.

Além da posse dos novos coordenadores de grupos, a festa tem também o  objetivo de angariar recursos e mobilizar os mfecistas para o 18º Encontro Nacional do movimento, que acontecerá em Vitória da Conquista de 06 a 12 de julho deste ano.
Organizado nas paróquias da Catedral, Nossa Senhora das Graças,Candeias, Rainha da Paz,Guadalupe,Santa Luzia e Nossa Senhora de Fátima, o MFC está a serviço das famílias conquistenses há 44 anos, promovendo diversos trabalhos sociais e de fortalecimento dos lares.

Esse é mais um evento em que o MFC espera contar com a sua presença!


Coordenação de Cidade MFC
Coordenação de infraestrutura 18º ENA

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013


Saiba o que é a síndrome do ninho vazio


Foram anos se dedicando a criação dos seus filhos até o dia em que eles resolveram cair no mundo. Na casa que antes era cheia de vozes, o silêncio passa a reinar. Não tem como evitar, este é o ciclo da vida. Mas para que você não se deprima diante do crescimento dos seus filhos, saiba como agir quando a síndrome do ninho vazio bater a sua porta.

O primeiro passo é entender que a síndrome do ninho vazio é algo pontual e que tem hora certa para acabar. "Pode haver uma base depressiva, mas a síndrome ocorre a partir de um evento, como a saída do filho de casa ou até mesmo a morte. E sua duração se estende do momento da separação até a inclusão de uma nova ordem familiar", explica a psicóloga Silvana Martani.

No entanto, de acordo com a também psicóloga Sueli Castillo, se essa tristeza se prolongar e for caracterizada também por uma falta de objetivos, a situação pode se transformar em depressão. Há ainda um agravante para as mulheres já maduras: a menopausa. "O período do climatério, culminando com a menopausa, afeta a mulher. Ela sente-se envelhecida, sua função reprodutora não existe mais, sua auto-estima abaixa, a imagem que vê no espelho não lhe agrada e sente-se muito fragilizada emocionalmente", descreve Sueli.

Características da personalidade também interferem na forma como a separação é encara. "As pessoas dramáticas sofrem mais, como em tudo na vida", afirma Silvana. E, segundo a profissional, ninguém se prepara para uma separação, mesmo que ela seja programada. "Todos sentem, mas quanto melhor tiver sido a elaboração da separação, melhor as pessoas envolvidas vão lidar com a dor", conclui.

A intensidade do sentimento de perda depende ainda de outros fatores, como por exemplo o motivo da saída do filho da casa dos pais. "Se a separação for por bons motivos, como casamento, faculdade ou mesmo para morar sozinho, desde que os pais participem do processo, tudo é mais tranqüilo. Mas se for dolorosa, por causa de brigas ou morte, o sentimento de dor dura mais", explica Silvana.

Enfim sós novamente
E o que fazer com tanto tempo livre? Se sua vida não foi estruturada apenas em torno do seu filho, fica fácil seguir adiante nessa nova fase. Trabalhos, cursos, programas com amigos e por que não reacender a chama e aproveitar a vida com o maridão?

Esse resgate, segundo a psicoterapeuta Suely Molitérno, vai depender se o casal cultivou a relação a dois durante toda a vida. "Quase sempre a mulher tende a "abandonar" o parceiro quando tem seus filhos, dedicando-se somente a eles, colaborando para que a vida a dois não sobreviva até o período do esvaziamento do ninho", explica.

A psicóloga Silvana Martani deixar claro que não é mais possível viver como dois pombinhos recém-casados. "Não existe um retorno. Este é um novo momento, onde o casal deve encontrar outros prazeres", esclarece.

Sueli Castillo compartilha o pensamento de Silvana e acrescenta que o casal precisa conviver a dois sem cobranças referentes ao passado.

Como os filhos podem ajudar?
Nessa fase é essencial uma inversão de papéis: os filhos precisam "consolar" os pais, principalmente a mãe. "Explique que você não deixou de amá-la e que esta é apenas uma nova fase, sendo que o mais importante é a qualidade da relação e não a quantidade", aconselha Sueli Castillo.

Para Silvana Martani, existe uma regra básica de coerência: "Tudo o que o filho promete tem que cumprir. Este é um vínculo de honestidade". De acordo com a psicóloga, muitos filhos falam que vão ligar todo dia, que vão almoçar junto com os pais uma vez por semana, mas não concretizam essas promessas. "Não fale o que você não vai cumprir", indica.


http://mulher.terra.com.br

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Aos irmãos gaúchos


O Movimento Familiar de Vitória da Conquista, expressa com tristeza e enorme pesar, nossas condolências. E elevamos nossas orações a Deus, nos solidarizando às famílias irmãs gaúchas pela tragédia que infelizmente ceifou a vida de mais de 230 jovens no último final de semana, em Santa Maria - RS. A comoção toma conta de nossos corações de país e mães. Prestamos nossa solidariedade às famílias e amigos das vítimas. Abraçamos os irmãos gaúchos com os quais mantemos um relacionamento afetuoso e rogamos ao nosso Senhor Jesus Cristo que console a todos derramando o bálsamo do consolo e esperança na vida eterna.

Movimento Familiar Cristão de Vitória da Conquista – MFC - Bahia

Correio MFC 305



Na luta pela justiça, vivendo a partilha do que possui, do que é, do que sabe, para que cresça a comunhão entre todos os homens, o cristão busca coragem e discernimento no encontro pessoal com o Senhor que se faz presente no pão e no vinho partilhados e servidos na mesa comum. A eucaristia é o sacramento da partilha e da comunhão. O pão e o vinho foram escolhidos por Jesus justamente por representarem, simbolicamente, os frutos da terra e da natureza, e os produtos do trabalho dos homens, que devem ser repartidos entre todos e não consumidos por uma minoria privilegiada.
Os sacramentos divinos (II)
Helio Amorim*

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A humanização supõe necessariamente essa partilha, para que todos tenham vida, e vida em abundância.Para que se estabeleça uma verdadeira comunhão entre todos os homens e mulheres, em todo o mundo. Na celebração deste sacramento central da vida do Povo de DeusCristo não se faz presente “no pão e no vinho”,mas “no pão e vinho partilhados”, ou seja, “no ato de partilhar”. Da mesa dessa partilha do pão e do vinho, participam os cristãos comprometidos, na sua vida cotidiana, em tornar real a partilha dos benefícios oferecidos pela natureza e gerados pelo trabalho humano.
A essência do ser cristão está resumido nesse compromisso, celebrado no sacramento que alimenta tão exigente disposição. Portanto, não tem sentido participar da eucaristia sem a vivência ou a disposição efetiva de viver o que nela é celebrado. Uma questão de coerência. O rito da comunhão é de extraordinária riqueza, um sinal sensível, visível e eloquente daquilo que significa. A Graça de Deus que lhe dá eficácia se concretiza em renovada coragem para o cristão partilhar seus bens, seus talentos, seu saber, seu tempo, sua vida e seu próprio ser, com aqueles que vivem em situações desumanas. Também para alimentar o seu elán e entusiasmo nas lutas em favor de mais justiça e solidariedade nas relações sociais e nas estruturas da sociedade. É umsacramento comunitário, celebração de comunhão entre todos os homens e mulheres. Não se trata, portanto, do que aprendemos no passado, por uma falha na catequese, como um alimento espiritual sem referência aos compromissos da partilha.

Muitos são os carismas e ministérios de serviço aos cristãos e ao mundo. Todos são necessários para que seja fecunda a presença da Igreja no mundo. Alguns dos cristãos que formam o Povo de Deus, com especial vocação de serviço e dedicação integral à missão da Igreja, recebem um mandato especial para exercer ministérios e funções de serviço mais exigentes. Essa opção especial de serviço é celebrada solenemente: é o sacramento do servidor do Povo de Deus. A Graça opera para dar a esses cristãos a necessária coragem e discernimento para o exercício fecundo e corajoso dessa missão tantas vezes heroica.

Na luta pela vida, na doença ou frente ao risco da morte, recorda-se o Deus da vida, que envia Seu filho para oferecer a todos vida abundante. A unção com os óleos usados no passado para dar força aos guerreiros e gladiadores, preparando-os para a luta contra a morte, é o sinal sensível desse sacramento dos enfermos. É canal para a Graça transbordar sobre aqueles que deverão enfrentar as vicissitudes da enfermidade e a aceitação da morte, como prenúncio e esperança de vida plena, confiante na ressurreição.
*Descomplicando a fé” – Editora Paulus




Liturgia Doméstica: Celebração Comunitária conduzida por Laicos Cristãos

A Mesa da Partilha

© Estamos aqui reunidos, em torno da nossa mesa, para celebrar a memória de Jesus de Nazaré. Memória do seu ser, sua vida, sua prática. Vamos fazer o que Ele nos mandou fazer. Pouco antes de sofrer e morrer ele nos convidou a partilhar o pão e o vinho, em sua memória. Assim o fizeram, em suas casas, os primeiros cristãos.

L1 - Jesus gostava de comer e beber com seus amigos, a ponto de ser chamado de comilão e beberrão. Mas convidava para a sua mesa todos os que eram desprezados pela sociedade do seu tempo. Por isso era também criticado. Um absurdo comer com publicanos e pecadores, com os pobres e pessoas de má fama.

L2 - Assim, a mesa em que se partilha o pão e o vinho entre todos se tornou o símbolo central do movimento que ele liderou e ao qual aderimos dois milênios depois. A partilha, para os cristãos, é um símbolo mais central do que a cruz, que foi um acidente cruel.

L3 - O anúncio do Reino, centro da pregação de Jesus, é o anúncio de uma ordem social igualitária, justa e fraterna, na qual o pão é partilhado entre todos para que ninguém seja atormentado pela fome.

L4 - Jesus, depois da ressurreição, só foi reconhecido pelos próprios discípulos no caminho de Emaús ou no episódio da pesca, ao preparar a refeição e partilhar com eles pães e peixes. A mesa da partilha tornou-se o símbolo perfeito do anúncio do Reino.

L5 - O pão e o vinho representam os bens da natureza e os frutos do trabalho dos homens que devem ser repartidos entre todos. Jesus desafia todos os seus seguidores à partilha de seus bens, seu saber, seu tempo e tudo mais que se tem em abundância e falta aos outros. A colocar seus bens, dons e talentos a serviço do outro, como Ele o fez em sua vida.

L6 - Jesus ainda explicou na parábola do Juízo: só o que partilhamos com o outro, para a sua humanização, conta como mérito no julgamento. Porque, em cada outro, Ele está. O outro é Ele. "O que fizeste pelo outro, a mim o fizestes".

L7 - Jesus é aquele que tem fome, com quem partilhamos o nosso pão abundante; aquele que não sabe, com quem partilhamos o que sabemos. Há muitas maneiras de partilhar.

L8 - Jesus é aquele que jaz na cama do hospital ou na cela da prisão com quem partilhamos o nosso tempo e afeto; aqueles que esperam passar de condições menos humanas para condições mais humanas porque com ele partilharemos o que somos, temos e sabemos.

L9 - Mas no momento derradeiro, ao fazer da partilha do pão e do vinho o modo de celebrar a sua memória, Jesus foi mais longe. Deixou-nos o desafio da partilha mais radical, partilha do próprio ser, até o limite do sacrifício. Para que assim se produzam sinais do Reino. Para que aconteça a partilha dos dons da natureza e os frutos do trabalho dos homens.

         © Um momento de troca: “o que partilhamos, o que podemos partilhar mais generosamente?)

©  Assim, ao partilhar o pão e o vinho, Ele disse aos que participaram da ceia derradeira:

Isto é o meu corpo. Isto é o meu sangue.
Façam isto em minha memória.

© Agora, como expressão do nosso compromisso com o Reino anunciado, vamos repetir esse gesto de Jesus, partilhando este pão e este vinho entre todos, em sua memória.

(Reparte-se o pão e o vinho entre todos)
(Paraliturgias do MFC




Litania da paz

Dirig: Chega de escuridão
Todos: Queremos a luz da vida
Dirig: Chega do silêncio do medo
Todos: Queremos o barulho dos gestos de amor
Dirig: Chega de balas que se perdem
Todos: Queremos vidas que  se encontram
Dirig: Chega da doença da solidão
Todos: Queremos a bênção da comunhão
Dirig: Chega de razões que justificam a guerra
Todos: Queremos as desrazões do amor
Dirig: Chega o apenas falar de paz
Todos: Queremos colhê-la, / lá onde verdadeiramente brota, / no pomar dos nossos atos de justiça.
Dirig: Chega de esperar por sinais da paz
Todos: Queremos ajudar a construí-los.
Dirig. Oremos:
Todos: Senhor, / ajuda-nos a transformar / as armas do mundo / em novos empregos; / as bombas dos poderosos / em pesquisas para curar; / as intenções destruidoras, / em forças construtoras / de um novo tempo, / uma nova sociedade, / um novo ser. / Senhor, / ajuda-nos a forjar Contigo / o milagre da Paz. Amém!
(Pr. Edson Fernando)

O QUE NOS IMPEDE DE VER, JULGAR E AGIR?




VER: Assistimos diuturnamente jovens e crianças sendo eliminados, como causa principal a DROGA, aqui em nossa cidade, Vitória da Conquista, no ano de 2012 foram 148 assassinatos e na sua maioria crianças entre 13 a 15 anos.
JULGAR: Antes de condenarmos o governo por falta de segurança e educação, temos de discutirmos a FAMÍLIA.
Lembrando que a família é a matéria prima do MFC.
AGIR: Em seu regimento interno no capitulo 1 Artigo 3º. O MFC tem por finalidade: a) Desenvolver ações visando à humanização, à evangelização, à promoção de valores humanos e cristãos de pessoas e famílias, capacitando as famílias para que possam cumprir a sua missão de formadoras de pessoas, educadoras na fé e promotoras do bem comum.
b) Promover programas e atividades assistenciais e de promoção humana para pessoas e famílias, especialmente focadas nas crianças, adolescentes e idosos carentes, para o atendimento de suas necessidades de alimentação, nutrição, saúde e instrução, propiciando orientação para a sua inserção cidadã na sociedade e no mercado de trabalho.
c) Promover ações de qualquer natureza em defesa da preservação ambiental.
Como começar não sei, más podemos agir como o Beija-flor e a floresta.
          Numa imensa floresta viviam milhares de animais que desfrutavam daquele lugar maravilhoso quando uma enorme coluna de fumaça foi avistada ao longe e, em pouco tempo, embaladas pelo vento, as chamas já eram visíveis pelas copas das árvores. Os animais para se salvarem do incêndio começaram a correr, fugindo... Eis que, naquele momento, uma cena muito estranha acontecia. Um beija-flor voava da cachoeira ao fogo, levando gotas d'água em seu pequeno bico, tentando amenizar o grande incêndio. O elefante, admirado com tamanha coragem, aproximou-se e perguntou-lhe:
      - Seu beija-flor, o senhor está ficando louco? Não está vendo que não vai conseguir apagar esse incêndio com gotinhas d'água? Fuja enquanto é tempo! Não percebe o perigo que está correndo? Se retardar a sua fuga talvez não haja mais tempo de salvar a si próprio! O que você está fazendo de tão importante?
E o beija-flor respondeu:
       - Sei que apagar este incêndio não é apenas problema só meu senhor elefante. Eu apenas estou fazendo a minha parte! Preciso deste lugar para viver e estou dando a minha contribuição para salvá-lo!

Antonei S. Prates
SECRETÁRIO ECCi/18ºENA


domingo, 27 de janeiro de 2013


CORREIO MFC BRASIL Nº 304


Há sacramentos humanos que são sinais e expressão de valores humanos. Há sinais que são o reconhecimento da presença de Deus e do seu amor em nossas vidas e na história humana. Ou fazem referência explícita à nossa relação com Deus e ao compromisso do cristão com o Seu projeto humanizador. São os sacramentos divinos. Suas expressões e ritos, sinais sensíveis, são criações da cultura e tradição da Igreja, atualizados ao longo dos séculos. Como sinais eficazes, essa eficácia virá da Graça, dom gratuito de Deus.
Os sacramentos divinos (I)
Helio Amorim*


Sacramentos divinos são incontáveis. Tudo o que nos faz sentir a presença de Deus na história humana é sacramento. Mas a Igreja privilegia alguns muito especiais e os celebra com ritos plenos de significado. Esses sacramentos correspondem às realidades humanas mais marcantes referidas a Deus. Nem sempre a essência humanizadora desses sacramentos, o seu significado mais profundo e os compromissos deles decorrentes são bem compreendidos por muitos cristãos. Também nem sempre os ritos com que são celebrados contribuem para essa compreensão. Nessa matéria, a linguagem e conceitos usados na catequese continuam falhos e inadequados, ainda muito presos a categorias superadas pelas concepções e conhecimentos próprios do mundo moderno. Vêm sendo profundamente revistos, embora lentamente, com uma saudável preocupação pedagógica: os ritos colaborando com uma catequese mais adulta, superando reações conservadoras. Estes são os sacramentos mais marcantes na vida do cristão.

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Batismo: por definição, é a acolhida de uma pessoa por uma comunidade. Jesus foi batizado por João Batista, como sinal de sua acolhida pelo grupo dos que o seguiam. Usa-se a mesma palavra para o rito de acolhida dos novos membros de qualquer grupo social. O piloto que participa da primeira missão de combate dirá que teve o seu batismo de fogo e é acolhido pelos veteranos como integrante do seu grupo.
Para os cristãos, o batismo é o rito que marca a acolhida dessa pessoa pela comunidade dos que aderiram ao projeto de Deus e constituem o Seu Povo, a Igreja. Há muitos séculos, entretanto, predomina o batismo de crianças recém-nascidas.
No início do cristianismo não era assim. Só adultos, depois de uma longa catequese, eram batizados. As crianças não têm consciência do que se passa. Por isso, não se trata, na atual prática da Igreja, de um sacramento da criança mas da comunidade que a acolhe. O rito precisa da presença da comunidade cristã nesse ritual para assumir o compromisso de orientar aquela criança para uma adesão futura e adulta ao projeto de Deus. A comunidade delega aos pais e a alguns dos seus membros, chamados padrinhos, a responsabilidade mais direta e próxima, mas não se exime da corresponsabilidade coletiva pela formação da criança.
Que comunidade é essa? Os cristãos formam a comunidade daqueles que aderiram ao projeto humanizador de Deus. Mas vivem num mundo modelado pelos que não aderiram, antes se rebelaram contra o projeto de Deus, representados por Adão e Eva no relato mítico do Gênesis. Essa rejeição ao projeto de Deus, pela humanidade, constitui o pecado original assim chamado por ser a origem de todos os males do mundo. Pelo batismo, a comunidade acolhe aquela criança que se insere no seio do povo fiel ao projeto de Deus, ou seja, o povo que rejeitou o pecado original. Por isso, se dirá que o batismo preservará a criança do pecado original, não como um gesto que lava uma mancha na alma, herdada de personagens míticos, mas o cuidado pelo risco sempre latente de desvio ao projeto de Deus.
A Graça que dá eficácia ao batismo, sacramento comunitário, é oferecida por Deus à comunidade dos cristãos, especialmente aos pais e padrinhos, para que consigam ser fiéis ao compromisso por todos eles assumidos. Mais tarde, conhecendo a responsabilidade própria do ser cristão, consciente da sua missão, aquela criança do batismo prematuro de acolhida, é convidada, já adulta, a confirmar, livremente, a sua adesão ao projeto humanizador de Deus, com todas as suas consequências.
Essa confirmação ou crisma, corresponde ao batismo nas primeiras comunidades cristãs. A preparação para essa confirmação exige, portanto, uma diligência muito especial, para não se reduzir a um ritualismo inconsequente, no crismar por crismar, ou porque toda a turma da escola católica vai por aí, como prática já institucionalizada e anualmente repetida. A Graça que dará eficácia ao sacramento será derramada por Deus, como sempre gratuitamente, sobre aquele cristão que assumiu, agora conscientemente, sua missão humanizadora, como expressão de uma fé adulta.
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Reconciliação. Acontece que o cristão, por suas limitações humanas e pelas pressões sociais a que está sujeito, é frequentemente infiel aos compromissos da missão que assumiu. Afasta-se do projeto de Deus e se desumaniza ou contribui para a desumanização dos outros. Deus então o convida amorosamente para reconhecer suas limitações e restabelecer a rota que leva à plena humanização. O rito para celebrar esse retorno também tem variado, ao longo dos séculos. Durante muito tempo e até recentemente a passagem pelo confessionário em conversa com um sacerdote era a única fórmula para ser perdoado.
Hoje se entende que um encontro de reconciliação com Deus e o seu projeto também se pode realizar no íntimo da consciência e do coração de cada cristão, num ato de reconhecimento das próprias limitações e de ilimitada confiança no amor gratuito de Deus. A Graça que dá eficácia a este sacramento é oferecida por Deus ao cristão que precisa de forças para superar suas fragilidades e reforçar suas resistências às influências externas negativas que tentam afastá-lo da humanização.
*Descomplicando a fé” – Editora Paulus - (continua



Crack: internação compulsória em SP
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O programa do governo de São Paulo para acelerar as internações compulsórias de usuários de droga tem esbarrado na burocracia do próprio governo estadual e na incapacidade para dar conta do número de pessoas que procuram ajuda para parentes e amigos. O governo estadual anunciou dispor de 691 leitos para a internação de usuários de drogas, dos quais 360 estão na capital paulista, mas a disponibilidade dessas vagas não é imediata. Na madrugada de segunda-feira, no primeiro dia da iniciativa estadual, os dez leitos temporários disponíveis no Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod) já estavam preenchidos. Nesta terça-feira, membros do anexo do Poder Judiciário,
instalado no centro de referência, reclamavam da falta de leitos temporários para a internação de novos dependentes químicos que chegaram ao local. A burocracia em disponibilizar vagas em clínicas de reabilitação, o que poderia desafogar os leitos temporários no centro de referência, também foi alvo de críticas.